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31 de agosto de 2011

Jogo Americano duplo

"A vida é a Arte do Encontro embora haja tantos desencontros pela vida" - Vinícius de Morais

Substituindo a toalha de mesa ...

Receber com elegância não significa colocar uma toalha caríssima, copos de cristais, talheres de prata. Dá para substituir a toalha por esse jogo americano para duas pessoas, que você mesma, iniciante nas costuras é capaz de fazer gastando muito pouco. Comprei esse tecido listrado (adoro listras) numa liquidação de retalhos a preço de banana. 

Outras formas de uso:

Vira até centro de mesa!
Ser elegante é mesmo, com pouco dinheiro oferecer um jantar (ou uma jantinha), um almoço, um chá ou até mesmo um cafezinho para quem você tem carinho porque elegância não é privilégio só de pessoas ricas; é dádiva de Deus que qualquer pobre de Cristo pode ter...
 Ah, e se for servir vinho, não esqueça da água, viu? Já pensou ficar de pileque derrubando comida nesse maravilhoso jogo-americano-duplo feito com tanto carinho por essa iniciante em costuras? Nas costuras, mas não na vida, hein?

30 de agosto de 2011

Aventais feitos na aula

Aventais que são feitos nas aulas de costuras para iniciantes.

 Observem o tamanho dos bolsos
Ele pendurado
Ele dobrado, esperando uma bela caixa para presentear...

28 de agosto de 2011

Quase nua, de madrugada, e com frio (vestido básico)

Lembram que contei AQUI que estava louca para usar meu pretinho básico com o casaco que fiz? Nas férias fui para Curitiba e esquentou, depois que o tempo mudou esfriou muuuuuito e não deu para usar. No Dia dos Pais fui para SP almoçar com o meu pai. Fui sozinha, de madrugada e a viagem é curtíssima porque fui de avião (55 minutos), chegaria lá ainda bem cedo e com frio. Enfim, a oportunidade de usar minha (até aquele momento) melhor roupa. E lá fui eu, toda elegante, vestida no meu pretinho básico, casaco, meia fumê, sapato scarpin, bolsa, maquiada, escovada e com duas gotas de Chanel atrás das orelhas (apenas duas gotas para não enjoar a tripulação). Aí chega a hora de passar no detector de metal antes do embarque e o sensor apita.
"-Volta senhora, tire o casaco e passe novamente." Tirei o casaco, passei e apitou de novo.
"-Volta senhora, tire o cinto." Já estava ficando ansiosa e feia... apitou de novo. Tiro o sapato, os brincos, o relógio... tô ficando quase pelada, me sentindo humilhada e todo mundo me olha com compaixão. Meu marido, aflito, vê a cena de longe sem poder me defender. Enquanto a fila andava e os outros passageiros se dirigiam à sala de embarque, me deixaram lá esperando num cantinho, sem casaco, sem cinto, sem sapato, humilhada, com frio e feia! O que iriam fazer comigo?
-"Agora passe senhora." O rapaz disse apenas isso, mas os meus ouvidos apavorados pareciam ouvir: "passe porque esta será sua última chance, pois se apitar, vai direto para a salinha a ser examinada melhor!" Fiquei gelada, mesmo sabendo que não tinha nada de errado comigo, não estava portando arma, já não uso mais Diu, não tenho metal nos dentes e muito menos uso marcapasso.
Passei e fui aprovada!!!!! Devia ser a fivelinha do sapato. Vai saber...

Como não estou dando sorte com esse meu pretinho básico, resolvi deixá-lo um pouco de lado e fazer esse mais mixuruca, utilizando o mesmo molde, mas sem forro. Resolvi usar o revel
 (esses paninhos que ficam por dentro da gola e cavas das mangas, conforme o molde) e que por sinal dão uma trabalheira danada. Prefiro mesmo usar o forrinho, menos costuras, acabamento mais bonito, seio mais protegido... (igual ao pretinho básico)


frente








Aqui eu chegando do supermercado, utilizando sacolas recicláveis, pois aqui em Belo Horizonte já faz tempo é lei. O comércio deixou de oferecer as tais sacolinhas plásticas. No início foi aquele fuzuê, mas depois todo mundo se acostumou. E o meio ambiente agradeceu.
costas





Detalhe importantíssimo: Usei um metro (na pinta) desse xadrez em viscose ao preço de R$ 6,90 o metro. Fiz pences apenas nas costas porque quis deixá-lo mais folgadinho na frente, mais fresquinho, mais confortável, cabendo até um cinto ao estilo anos 20. E lá fui eu fazer compras de supermercado, pois esse é o lugar desses vestidinhos meio... mixurucas!














23 de agosto de 2011

figurinos que encantam







 Esse modelo é ideal, tanto para blusas quanto para vestidos básicos, elegantes, clássicos como Lady Day, Jaqueline Kennedy, Carla Bruni...

O processo é o mesmo daquele usado nas peças dupla face.




17 de agosto de 2011

Vestido tubo e viagem a Tiradentes

Utilizando o molde de cacharrel,

fiz um vestido tubo, básico, sem pences, sem detalhes para ser usado debaixo de um casaco. Usei um tecido em plush preto, prolonguei apenas no tamanho e ficou assim:



Usei com meia-calça grossa, bota, casaco cinza e cachecol vermelho e fomos conhecer Tiradentes - cidade histórica belíssima a 196 Km de Belo Horizonte. O casario colonial e ruas de pedras dão a impressão que estamos vivendo em séculos passados porque lá, tudo (ou quase tudo) ficou preservado. Cidade ideal para ir a dois, curtir o friozinho, jantar num bom restaurante à luz de velas e dormir nos aconchegantes quartos das muitas pousadinhas espalhadas pela cidade e redondeza.


Observem o calçamento conservado, as casas com janelas coloniais que dão para a rua. Tudo intacto, preservado, belíssimo.
Já é quase noite. Aos poucos lâmpadas, lampiões e velas vão iluminando a pequena cidade, nos convidando a ficar mais.

E ficamos, já que havíamos trazido uma "muda" de roupa, caso encontrássemos um lugar para pernoitarmos naquela noite fria de céu estrelado, ideal para um vestido preto tubo, feito de improviso para ser usado  debaixo de um casaco cinza.

E assim, nesses momentos de improviso,  a vida passa a ser mais  bela...









9 de agosto de 2011

8 de agosto de 2011

passo a passo de um "blindex"

Mais um benefício da costura: costurei um blindex, quer dizer, um plastex.

Como falei  no post anterior, estamos com projeto de uma obra aqui em casa, mas até agora ainda não decidimos o quer fazer e com quem fazer. Saindo pelo painel, mostrado AQUI no último post,  chega-se a uma salinha que o antigo dono tinha projetado para ser uma sauna, mas deixou no meio do caminho porque resolveu vender o imóvel. E eu fiquei com esse espaço, sem porta, sem nada dentro até então. Dia desses acordei decidida a transformar aquele espaço num ateliê. E transformei! 
O Problema maior era fechar a área, pois em breve teríamos que remover o blindex por causa da obra. Mas queria logo transportar minhas máquinas para o novo espaço e tratei de dar um jeito naquilo ali. Fui  nessas lojas grandes que vendem material de toldo, plásticos, lonas, forros e pedi o plástico transparente do mais grosso possível. 20 minutos depois já estava de volta, debruçada em cima do meu "projeto", movida de furadeira, grampeador de tapeceiro, rendas, tecido de forro e duas madeiras que fariam o papel das colunas para afixar o meu "blindex". Chamei meu ajudante - um senhorzinho tipo "faço tudo" para fixar as madeiras, pois fiquei com receio de fazer os furos tortos (quase sempre faço). Depois de instalado as madeiras, colocamos um trilho triplo de cortina: um para o plástico, um para o tecido do forro e no último a cortina rendada, franzida que fiz da mesma forma da  cortina para o gabinete da pia nesse post AQUI.

O forro ficou assim, com aquele tecido em malha-creme que geralmente se usa para forros de cortinas. Fiz com pregas largas.
A cortina rendada ficou assim, bem franzida, cobrindo tudo.

Instalamos as prateleiras, improvisei uma bancada utilizando uma peça enorme em mármore que o antigo dono deixara, apoiei em banquetas, ajeitei as máquinas em cima. O eletricista veio, puxou tomadas, instalou spots, eu faxinei o novo recinto recém promovido a ateliê
Linhas em diferentes cores fazem contraste à luz tênue que atravessa as novas cortinas recém-instaladas..
Fiquei tão feliz com minha invenção que nem reclamei e nem me cansei por ter passado horas a fio limpando toda a sujeira causada pela furação - havia pó até dentro do buraquinho das agulhas!!! Eram mais de duas da madrugada quando tive que deixar o novo cômodo, simplesmente por causa dos apelos do meu marido "vai dormir, desse jeito você vai acabar dormindo aí dentro!"

E não era isso que eu queria?

Hoje esse espaço ficou assim,:os azulejos azuis foram pintados por tinta própria para azulejo




4 de agosto de 2011

Painel de cortina - passo a passo

Esse painel é mais uma costurinha para iniciante porque basta saber fazer bainhas (costuras retas). Não requer nenhuma habilidade além dessa.

Na minha casa tinha uma parede e uma "portinha" que não dava para lugar útil algum e que sempre nos incomodou desde quando compramos o imóvel. Já fizemos vários projetos, mas até agora nenhum do tamanho do nosso gosto e bolso. O antigo dono do apartamento transformou uma área externa em interna, mas deixou as cerâmicas antigas e aquela portinha feia, acanhada... A compra do imóvel valia a pena por diversos motivos e achamos que aquele espaço mal reformado teria seus dias contados após a mudança, mas nem sempre é assim, não é? porque essa "reforminha" exige um profissional que faça um projeto, mão-de-obra e material coerentes para que não venha novamente a se transformar no "puxadinho". Mas como adoro transformar o feio no belo e sou ansiosa demais para esperar esse "projeto", resolvi, sem consultar meu marido, a fazer o meu "puxadinho" artesanal para que pudesse trazer as máquinas de costuras e dar  aulas, tornando o espaço útil e mais agradável. Ah, e vocês não imaginam a tamanha felicidade que fiquei e o tanto que passei a gostar mais de mim depois disso. Então minha vida "profissional" foi dividida assim: "antes e depois". Sim, o "antes" era eu lá costurando, apertadinha junto com os rodos e vassouras no quartinho de empregada, que nem era de empregada porque não tenho esse sonho de consumo. O "depois" sou eu aqui, instalada no meu puxadinho artesanal, metidamente registrado com o nome ateliêAi, ai, chega de enrolação e mostra logo as "cagadas" que andou fazendo escondida do marido, dona Helena!

Adicionar legenda

Vai precisar: (só para o painel):

  1. boa vontade, acima de tudo.
  2. tecido grosso, de preferência dessas cores que dá para camuflar um pouco a sujeira porque não dá para ficar lavando como cortina. A quantidade de tecido vai depender da altura e largura da área que pretende cobrir, considerando as bainhas das laterais, barra, topo e o acabamento (bandô - que será uma tira)
  3. quantidade de metros necessários de velcro colante (positivo e negativo). Comprei na Leroy Merlin
  4. trilho. Também comprei na Leroy e já veio preparado para receber o velcro. Fale com um vendedor do setor de cortinas.
O primeiro passo é instalar os trilhos. Eu comprei esse trilho pronto na Leroy que já veio com velcro. Caso não encontre mais desse trilho, dá para adaptar por um comum. Se optar pelo trilho comum, peça um que tenha 3 "caminhos"optei por esses que já vêm prontos, com o velcro já colado. Mas você pode optar por aquele comum, de cortina. Nesse caso, compre um triplo (um varão com 3 trilhos).  
ele vem assim com o velcro (lado felpudo)

Como o meu já veio com o velcro colado, apenas costurei no tecido o outro lado do velcro para que ambos pudessem ser grudados.

Medi a altura da parede e a largura. Dividi essa medida da largura em duas. Cada lado recebeu uma parte do painel. No topo do painel (do tecido) costurei o outro lado do velcro, fiz as barras, laterais e inferior e foi só grudar os velcros. As duas partes deslizam uma para um lado e outra para o outro lado, transpassando.

fixando o bandô

a barra fica assim, rente ao chão.
Cubro a parede feia e quando quero ir para o ateliê é  só mover um dos lados do painel que desliza nos trilhos, passa pela "portinha" e...




Oh!!!!!!! Está aqui o meu ateliê, com direito até a "blindex" feito por mim. Confira aqui em  meu ateliê como fiz isso.

Meu marido quando chegou do trabalho, pergunta desconfiado: "o que andou fazendo hoje dona arteira?"
- Ah, se não dou lucro, pelo menos não dou prejuízo! - respondo eu apontando para a obra de arte.
E assim caímos na risada. Ele, aliviado -  não aguentava mais a mulher a reclamar e ir dormir emburrada por causa da parede feia e da portinha acanhada.

Post atualizado:
Recentemente fizemos uma reforma aqui em cima, não exatamente a reforma como planejei, pois resolvi transformar uma das salas prolongando o ateliê. Removi o painel (ah, meu adorado painel!) que  escondia a parede com as cerâmicas de área externa porque removemos as cerâmicas (ufa, finalmente). Demos novas cores, removi o insulfilme do vidro daquela que era uma "portinha", pois o insulfilme camuflava a porta que era de vidro, onde imaginei ser acrílico! Aproveitei o tecido do painel e fiz uma cortina para a porta, onde ficam as máquinas de costura.



Saindo pela porta de cortina dá nesse espaço que se transformou no meu ateliê, minha casa, meu mundo! Instalamos blindex de verdade porque agora eu dou aulas de costura (de verdade) para quem quer começar do zero, para quem quer costurar o básico, sem complicação. Para quem quer aproveitar seu tempo com coisas úteis, para quem quer ser feliz, como eu sou aqui nesse cantinho todos os dias com minhas alunas, inventando moda, mudando comportamentos, criando coisas belas, transformando o feio no belo. O belo existe! é só transformar o feio!


1 de agosto de 2011

Voltei

Passei uns dias em Curitiba. Ah, e como é bela aquela cidade, não é? Voltei encantada com tudo, com a organização, limpeza das ruas, dos parques, com o transporte público, com os museus... e estava doida para sentir frio. Daí enchi a mala de casacos, cachecóis, luvas, botas... e cadê o frio? sumiu! Fiquei murcha, murcha (e mal vestida) porque tive que usar camiseta e jeans (roupas que detesto) porque não tenho perna grossa, não tenho bunda e tenho peito grande. Ora, ora, que feia sou, então? vocês vão pensar. Sou mais ou menos. Fico bonitinha porque dou umas enganadas (umas camufladas). E assim fiquei sem  roupa nova para mostrar. 
Mas... aproveitei tudo o que de melhor tem Curitiba: gente bonita, comida boa, museus, parques, ruas floridas... Ah, e o Teatro Ópera de Arame? Fiquei encantada, sonhando com a minha filha naquele palco dançando O Quebra Nozes numa mágica noite de Natal...(a caçula é bailarina).

O passeio que mais gostei foi a descida de trem turístico pela Serra do Mar até Morretes, coberta pela mata Atlântica. A viagem de ida leva 3 horas, passando por uma das áreas mais preservadas de mata Atlântica do país. Um passeio inesquecível, 30 pontes e 14 túneis, como esse aí da foto. O trem entra, literalmente, dentro da serra.
E o trem vai, vai... desce, desce...
Ai, que friuuuuu
Chegamos a Morretes!
Almoçamos o famoso barreado (prato típico da região), demos volta na pracinha e voltamos de Van  pela Serra da Graciosa, graciosa mesmo!

Hei, mas aquela não sou, nas nuvens? Esfriou!!!!! choveu!!!
É. Frio é bom mesmo para turista. Às vezes nem para turista porque a minha mala de casacos (casaco para o clima de Belo Horizonte) não foi suficiente para me agasalhar depois que chegou o sábado, pois o tempo esfriou, choveu e eu fiquei murchinha, molhada, como um pinto pinto molhado. Daí fiquei azucrinando o marido, pedindo para ir logo embora: tô com frio, tô sem roupa!

Museu Ferroviário - Shopping Estação
Olha eu aí! numa foto do século passado, na fila  à espera do trem, de mala e cuia, de volta para o casal!


E aí chego a minha  (que na verdade nem é minha) Belzonte ensolarada e logo vou dar uma espiada em meus gerânios para checar se ainda estão floridos, mesmo sem água por tantos dias. E estão!
... e a minha felicidade ficou completa depois que entrei no blog e vi que a Eliane Gaspareto, do blog Um pouco de Mim (http://www.elainegaspareto.com/ deixou o blog tão bonitinho, tão organizadinho e mais, com tantas novas amigas seguidoras. Tanta gente querida, deixando recadinho amável, dizendo que gostou de mim, do blog, das costuras... ai ai, agora o difícil é ter tempo para abastecer tudo isso porque novas alunas estão chegando e eu tô ficando birutinha, querendo responder todo mundo, perdida com tanto blog que acabei seguindo. Se por acaso eu sumir, é porque não dei conta. Mas volto, viu?