Cursos Belo Horizonte: e-mail para helenacompagno@hotmail.com ou acesse na janelinha à direita

28 de novembro de 2012

Costurar está na moda

Rodrigo Leitão - jornalista, colunista de gastronomia da Rádio Band News -  mostrou no Programa do Otávio Mesquita um atelier em São Paulo, onde um grupo de meninas descoladas dão aulas de costuras para iniciantes. As aulas são dadas em grupos grandes, diferente do meu curso em que as aulas são individuais, mas o que elas costuram não fogem muito daquilo que costuramos aqui. 

Quer assistir ao vídeo Veja aqui 


E se você sabe apenas o básico, tente se aventurar costurando algo para você. Se não sabe desenhar o molde, copie de outra roupa. Este vestido foi inspirado em outra e aquela em outra. Juntei a parte de cima do molde de um pretinho básico (tubinho), alterei a manga para manga meia lua (veja no detalhe). A parte da saia foi prolongada até o pé, apenas afastei o molde na altura do quadril para ficar meio evasê. Aumentei a circunferência da cintura para poder fazer uma prega na frente e duas atrás (para dar volume ao bumbu.

Mas quando quero copiar de uma outra roupa já feita, eu faço assim: coloco a roupa pelo lado avesso, ponho o papel por cima e vou contornando os relevos das costuras com um lápis. Vou copiando por parte para não ficar confuso. Depois, recorto, acerto as medidas, coloco por cima do tecido escolhido e vou me aventurando - esta é a parte mais gostosa! Todas as alterações que faço no tecido eu faço no molde, pois ele servirá para outros trabalhos. O começo pode parecer difícil, pode estragar pano. Não tenha medo. Se estragou, encoste, pegue outro, pois não dá para fazer uma omelete sem quebrar os ovos. 

 Obs: As roupas que mostro aqui não são roupas que ensino no curso, pois não costuramos mais roupas - apenas o básico, o início para outros voos. Mostro para incentivar aquelas que pretendem um dia costurar suas próprias roupas, para encorajá-las que é possível sim costurar sem frequentar um curso. Se puder frequentar, frequentam, é ótimo - algumas pessoas preferem aprender juntinho. Mas se não for possível, tente sozinha. (ai, depois dessa declaração ninguém mais vai querer pagar para aprender).  Eu nunca fiz um curso completo (abandonei o meu há anos). Tudo o que sei foi xeretando em revistas, em vitrines, revirando as minhas roupas compradas, comprando molde pronto. Hoje continuo aprendendo pela net, pelos blogs que eu acompanho e adoro, com as pessoas que me ajudam a crescer todos os dias, como estes aqui só de costuras:
Vídeos da Solange (outra) - todos ótimos
E tantos outros que ainda não descobri.


26 de novembro de 2012

Pessoas que fazem a diferença

Estive fora no final de semana e quando voltei encontrei essas fotos e tantas outras  em minha caixa de e-mail, acompanhadas de um delicado bilhetinho:
"Oi querida!
Estou te mandando só para vc ver que mesmo na semana que está sem tempo, fiquei tentando cada dia mais melhorar tudo aquilo que me ensinou.
Vamos ver se consegue ver uns detalhes, umas cópias (rsrsrsrs), que andei fazendo.
Fique feliz comigo, pois estou muito feliz por ter sido sua aluna tá?
Bjus
Ju"



Fez casas na máquina para passar os cordões da bolsinha porta. Mudou o tecido para cetim. Corajosa!

E vejam essa coleção de bolsinhas e estojos. Notem o capricho do zíper! Ju, nota mil!

E o detalhe desse penduricalho?

Agora resolveu modificar suas roupas! 

Deve ter cortado as calças para fazer esta bolsa linda. Os detalhes são dela, pois ensinei um modelo de bolsa bem simples. Amei essa iniciativa!!!
E este agulheiro, então?

E o charme dessa bolsa gordinha?
Continuamos amigas. Nos falamos por e-mail e por telefone, onde sempre trocamos informações. Dia desses ela me ligou dizendo estar rachando a cabeça para fazer uma coisa simples que já havia feito várias vezes, mas naquela hora havia dado "branco". Peguei um paninho e fomos fazendo juntas o passo a passo por telefone. 

Toda vez que nos falamos fico convencida que o curso de costuras mudou sua vida. Mas a Ju é, sem dúvida, uma pessoa que faz a diferença!


22 de novembro de 2012

Barra (para fora) canto mitrado

Além dos guardanapos em canto mitrado que já mostrei AQUI, também é ensinado no cursinho para iniciantes estas barras com canto mitrado (barras para fora. Você poderá usá-las em toalhas de mesa, toalhinhas, centros de mesa, jogos americanos, colcha para cama, guardanapos personalizados e tudo o mais que a sua imaginação permitir.

Pode ser guardanapo

19 de novembro de 2012

Roupa nova para a mesa de refeições...

... e um receita que aprendi com as amigas de blog.
Não sigo muitos blogs porque não tenho tempo de ler e comentar. No meu caso, o intuito de ter um blog é divulgar o meu trabalho, sem ter que sair de casa, pois é através dele que minhas alumas me descobrem. Mas há blogs que eu adoro, que se tornaram meus livros de cabeceira porque não falam em futilidade, são bem escritos, criativos e prestativos. Um deles é o da Rosa. Nos conhecemos através de uma leitora que nos achou muito parecidas. E somos mesmo! Com a Rosa eu aprendo a cozinhar, a pintar o cabelo, a costurar, a decorar, a economizar... só ainda não aprendi a tricotar porque decididamente não levo mesmo jeito. Acho difícil. Aprendi com ela uma receita fácil e barata de bacalhau, sem precisar dessalgar - feita na panela de pressão. Veja aqui.

Já fiz esse prato duas vezes e hoje eu resolvi substituir o bacalhau por filé de frango

  • Usei 3 bandejas de filé de frango. Cortei em cubos, temperei com alho, cebola e sal. Daí não usei a pressão para o filé. Coloquei um pingo de óleo na panela de fundo largo (sempre frito na panela para não fazer sujeira). Fui dourando os cubos de um lado e outro. Reservei num pirex. À parte cozinhei, igual a Rosa ensina, as batatas na panela de pressão. Cortei em cubos para combinar com o frango. Coloquei um pouco de água, um caldo de galinha e as batatas. Depois que apitou a pressão, contei dois minutos e desliguei. Deixei sair a pressão sem colocar debaixo da torneira como faz a Rosa. É perigoso, viu? 
  • Na mesma panela que dourei o frango, acrescentei meia colher de sopa de manteiga, juntei uma cebola inteira picadinha e adicionei um pouquinho de sal. Dissolvi uma colher (sopa) de maizena num copo de leite (copo requeijão) e juntei ao refogado da cebola. Escorri as batatas que já estavam macias. Aproveitei um pouco da água das batatas e adicionei, aos poucos ao mingau que estava fervendo para sair o gosto de maizena. A consistência deve ficar de um mingau mesmo, nada ralo e nem grosso. Depois joguei tudo dentro da panela (frango e batatas). Acrescentei uma lata de milho verde (cozido no vapor - é mais gostoso). Adicionei uma pitada de pimenta do reino, cheiro verde picadinho. Mexi e desliguei. Não usei creme de leite , como no bacalhau. Aqueci o forno, transferi tudo o que estava na panela para um pirex de vidro. Ralei (no grosso) um pedaço de queijo parmesão porque gosto de comprar em pedaços e ralar na hora e polvilhei por cima. Levei ao forno bem quente até as pontinhas das batatas e frango ficarem moreninhas. Delícia. Para acompanhar servi vinho tinto porque só meu marido não gosta do branco.


Modifiquei um arroz que estava na geladeira, refogando duas cenouras raladas (no grosso) com um pouquinho de azeite. A mesa fica colorida. Transferi para o serviço de porcelana. Levei à mesa.

Piquei fininho meio pé de escarola (aqui em minas fala-se almeirão) que a Michelly (a aluna do nenê) me trouxe do sítio. Coloco num vidro de tampa: azeite,  limão, uma gota de mostarda, sal e orégano. Agito bastante, transfiro para a molheira e levo à mesa.

Estreei a roupa nova da mesa: jogos americanos em brim xadrez marrom e areia; guardanapos com cantos mitrados na cor areia. Nos finais de semana gosto de usar guardanapos em tecido, mesmo que sirva uma refeição simples só para os 4 de casa. A mesa fica mais bonita.

Gosto de receitas fáceis que podem ser preparadas com antecedência quando temos visitas para o jantar. Não existe coisa mais desagradável do que deixar as visitas na sala bebericando, rindo e conversando com o marido enquanto você vai para a cozinha cuidar da comida. Eu gosto de deixar tudo preparado com antecedência e só vou na cozinha colocar e tirar do forno, bem discretamente (para dar a impressão que não deu nenhum trabalho).

18 de novembro de 2012

Moderação nos comentários

Resposta ao comentário "Como passar fios em sua máquina overlock"

Infelizmente terei que moderar os comentários do blog, porque de uns tempos para cá ando recebendo comentários tão grosseiros, chulos, que não combinam com este blog que tem o intuito apenas de divulgar o meu curso de costuras, meu trabalho. Algumas pessoas chegam até aqui atraídas pelos títulos das postagens, imaginando encontrar passo a passo. Lamento, não faço mais isso. Há inúmeros blogs que façam isso, blogs que eu admiro. Como já falei aqui, não acho ético dar de graça aquilo que minhas alunas pagam para aprender, alunas que vêm de longe, que tomam duas ou mais conduções porque escolheram um curso assim, como o meu, personalizado, onde ensino, juntinho, os passos mais básicos da costura. Ainda não fui "sondada" pelo governo a manter uma parceria para criar um "bolsa-costura". Quando isso for possível eu aviso, ok?

E para não dizer que não falei em costuras, pois é esta a finalidade de todos os posts, vejam as novidades que estou incluindo no curso:
Toalhas de mesa com barra em canto mitrado

Que pode ser também um guardanapo
Uma eco-bag que vira uma bolsa de passeio - a Mariana já fez a dela!

Esta aqui já é minha
 
Dobrada de outra forma vira outra bolsa
E eu me desdobro toda para poder ensinar de outra forma àquelas que querem e podem pagar pelos meus serviços.

15 de novembro de 2012

Hora do recreio

É assim que me sinto quando a Michelly chega aqui no ateliê com a sua nenê, a Carol. Ela já me conhece. Quando me vê abre um sorrisão e os bracinhos. Subo as escadas com ela no colo, toda fofinha, cheirosa, macia, enquanto a mãe leva o carrinho e a sacola. Gosto do seu cheirinho. Gosto dela. Gosto delas. 
Ensinei a Michelly a fazer apenas dois vestidinhos, um para a Carol (a nenê de 9 meses) e outro para a Melissa (irmã de 5 anos) e vejam como deram cria nas mãos da habilidosa mamãe. E ainda há outros a caminho.
O modelo abaixo foi copiado de um molde que havia guardado por uns 16 anos atrás. Que por sua vez fora copiado (por mim) de outro vestidinho que minha filha caçula ganhara da madrinha. Fiz aquele vestidinho inúmeras vezes; aumentei outras tantas, conforme elas iam crescendo. 
De frente
Clique na imagem para ver o decotinho lindo das costas.  Eu chegava a chorar de emoção, juro, ao ver minhas filhas de mãozinhas dadas dentro desses vestidinhos. 
Esse daqui foi criação da Michelly, substituindo o decote das costas. Somos muito parecidas na imaginação.

outra criação. Inventou um broche fofo! Costurar é isso! é modificar, é criar, é brincar com as cores, os tecidos, os adereços... Costurar é dar asas à imaginação. É deixar vir à tona a emoção. Costurar, vestir, agasalhar os filhos é um ato de amor!
Este daqui ela fez para a  Mellissa. Iniciamos aqui no ateliê e ela terminou em casa, sozinha. Inventou de colocar um cinto. E eu aqui, inventei de colocar um lacinho. Brincamos de Barbie a aula toda...


Forramos botões com o mesmo tecido do laço. Um charme

Se quiser o laço também pode ir atrás. É só diminuir o tamanho do botão.
Testamos o laço na barra, no peito, nas costas, na cabeça... De todas as formas uma graça, um arregalar de olhos..

E a Carol participando, dando risadinha, comendo biscoitos, tomando suco, mas sempre muito boazinha, pois devia saber que era mesmo a hora do recreio da sua mamãe.


Agora, uma sugestão para as mamães, acabei de conhecer um blog que vende cada sapatinho... Entre aqui, eu faço questão de mostrar, pois são lindos, lindíssimos. Eu recomendo. AQUI




Tomara que a Leila ainda esteja fazendo esses sapatinhos quando eu for vovó. Comprarei todos para combinar com os vestidinhos que pretendo fazer às netinhas. Talvez demore, pois minhas filhas ainda têm 18 e 16 anos. Vai saber, não é?





12 de novembro de 2012

O que é ser chique

Não canso de falar aqui o quanto a costura proporciona-me momentos de alegria, satisfação, auto-estima e economia. Por causa dela eu posso estar bem vestida num evento, de dia ou de noite, gastando pouco. Não preciso passar horas batendo pernas no shopping à procura do que vestir. Posso fazer, em poucas horas, um vestido simples, mas elegante. Não gosto de exageros. Gosto dos clássicos. Eles são fáceis de fazer.

Sábado fomos ao casamento do sobrinho do meu marido. A cerimônia e festa foram num sítio lindo de morrer, em plena manhã. Meu casamento também fora assim. Qualquer dia falo dele. Prometo. 

E com que roupa se vai numa festa assim? Pensei em várias possibilidades, mas todas confeccionadas por mim, obviamente. Comprei 1,20 de linho puro e outros de linho misto, infinitamente mais baratos. O linho puro amassa demais, não queria chegar toda amassada e feia, pois teria que pegar um bom trecho de estrada até o local do evento. O linho misto, embora barato, muito bonito, encorpado, num azul cobalto que eu adoro, saltou aos olhos. Lembrei que tinha uma bolsinha com as alças da mesma cor...


E o meu traje já estava definido por causa dessa alcinha azul. Fiz um tubinho bem básico. Se ficasse chinfrim para a ocasião, faria outro com o outro linho. Mas não ficou. Gostei do resultado. Gostei do visual. Gostei de mim dentro dele. Nunca devemos julgar nada pelo valor monetário!

Como o linho é misto, fiz penses apenas nos seios, pois nas costas temi que ficassem armadas. Acho feio. Então inventei um cinto com lacinho chanel logo abaixo do seio, preso com dois botões forrados. Na foto a cor ficou diferente. Ué...





E assim fui vestida  com meu tubinho feito em casa. Fiquei lá, bem à vontade, misturada às bacanas e aos seus trajes, certamente comprados em lojas caras. Porém, um detalhe importante que vale ressaltar: fiz com capricho, com forro, corte perfeito, barra bem assentada, costuras bem acabadas, cinto bonito, botões forrados. Usei minhas pérolas verdadeiras (brinco, colar e anéis), caprichei na maquiagem...falei baixinho...comi e bebi pouquinho...

Sou fina, sou chique, embora baratinha. Mas esta sou eu!

Mas chique mesmo é ter postura perante à vida. É saber economizar nos supérfluos, valorizar o feito por você mesma. É costurar um vestido inteiro gastando muito pouco, pouquíssimo e se sentir bela dentro dele. Com a economia aproveitar a vida, viver momentos únicos, como neste final de semana, onde pude me hospedar com minha família numa gostosa pousadinha em Atibaia (SP), pois o casamento foi nos arredores daquela cidade. Certamente se estivéssemos comprado nossas roupas em lojas de grifes teríamos que voltar para casa logo após ao casamento, sem descanso.

E costurar para mim continua sendo as coisas mais chiques da vida...







7 de novembro de 2012

Malinha de viagem

Já estou com a mala pronta! e outras 3 alunas também já aprontaram as suas.
Vivo inventando coisas! Só ainda não pude inventar um clone de mim mesma, pois no mesmo momento que estou aqui em cima no ateliê costurando com as alunas, rindo, inventando moda, quero estar no andar de baixo cozinhando para minhas filhas e marido, inventando pratos, decorando a casa. Mas quando estou lá, quero estar aqui inventando moda. Foi nesses momentos de invenções que consegui fazer esta malinha. Fui dobrando o molde de uma bolsinha, aumentando aqui, incluindo alça ali para nascer essa pequena malinha de viagem. É fácil de fazer, gostosa. E mais gostoso ainda é ver a carinha de espanto e alegria das alunas quando peço: "agora vira para o lado direito que é a hora do parto!" 

A Mariana - a mocinha da foto - arregalou os olhinhos, abriu aquele sorriso quando pegou nos braços o filho recém-parido. A Rigléia quis a dela toda em oncinha. Perigooooooosa. E a Flávia quis a dela também em bolinhas para combinar com seu estojo. Tudo combinandinho! 
Obs: Agora todos os materiais usados no curso, tais como manta, entretela, viés, zíper, elástico, botões, cordões, rendas e sianinhas, inclusive as lonas, loninhas e sintéticos para estojos e bolsinhas, estão incluídos no preço da mensalidade  Só não estão incluídos os tecidos para enxovais de cama, mesa e banho. 


5 de novembro de 2012

Saia preguiada

Faz tempo minha filha pedia uma saia plissada e eu fugia, dava desculpas. É que pensei que fosse dar trabalho demais. Mas não deu!!! Bem, pelo menos a que eu fiz não deu. Ou eu estava disposta demais, ou queria demais agradar a filha?
O tecido usado foi uma tricoline de bolinhas, delicado, num tom rosa salmão clarinho. 

Medi uns 60 cm de comprimento e usei duas alturas porque queria com pregas bem juntinhas.  Fui dobrando as pregas em cima das marcações que fiz a lápis, com espaço de 4 cm entre uma marca e outra. Só que fui dobrando e pulando uma marca para que as pregas ficassem com um bom espaçamento. Depois foi só ajustar à medida da circunferência da cintura. Antes de levar à máquina colei fita crepe para  que as pregas não desmanchassem. Passei bem a ferro.



Fiz um cós apenas para o acabamento das pregas, pois usei um laço largo costurado ao cós.

Quando terminei notei que ficou curta demais e dai usei aquilo que muitas vezes via a minha mãe usar: barra postiça! Não sabe o que é barra postiça? É um prolongamento que você usa onde seria dobrado a barra. O que vai ser virado é esse tecido, assim:

Até gostei do efeito da barra postiça porque a saia ficou mais pesadinha, mais encorpada. E o laço? Ficou um doce. Tão doce quanto é a minha filha.