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27 de outubro de 2013

Molho ou não molho o tecido?

Fiquei com essa dúvida na minha cabeça, doida para costurar um vestido longo com um dos tecidos comprados na 25 de Março (SP). Será que as grandes confecções molham seus tecidos antes do corte? Se eles não molham...

Se eu molhasse o tecido não daria tempo de secar, cortar, costurar e usá-lo no dia seguinte na volta para BH. Queria chegar bonitinha para agradar ao marido. Ficar longe dá saudade!

Comprei várias tricolines 100% algodão na Niazi Chohfi (25 de Março) ao custo de R$ 12,50 o metro. Para cada vestido calculei 2 metros. Depois que paguei, saindo pela outra porta que dá para a rua Comendador Abdo Schahim, 52 encontrei a Metrópole - outra tentação. Fiquei tão atordoada, baratinada entre tantos tecidos macios que acabei pedindo 1,50 de uma tricoline, achando que havia pedido 2,00 metros. Só em casa me dei conta dessa burrada! Na Metrópole paguei R$ 24,00 o metro - total gasto R$ 36,00. Ou seja, fiz com vestido por R$ 36,00. Hei, e não é nada chinfrim não, viu? todo bem acabado, com viés feito em tecido macio para dar acabamento na gola e cavas. Tive que usar sobras de outro tecido (branco)

Antes de molhar o tecido quis averiguar se 1,50 daria. Passei horas dobrando, virando, analisando, partindo do princípio - pois aprendi assim - que as ourelas devem ficar nas laterais da roupa. Espremi o tecido, diminui o molde nas laterais, eliminei os bolsos que tanto gosto, não sobraria nem um tico de tecido para o viés da gola e cavas das mangas, pois gosto de fazer com o próprio tecido.

Pensei muito e meti a tesoura sem molhaar o tecido. Se encolher, dou para o próximo, faço outro. Não me apego. Fazer esses vestidos para mim é um vapt-vupt (não querendo me gabar). Gosto deles, adoro. É só vesti-los e sair por aí, sem necessidade de nenhum complemento. Já falei deles aqui

Hoje, antes de partir, minha filha quis fotografar-me, orgulhosa da mãe

De frente.
 De costas
 De lado
 E essa sandália aí? Ah, isso é assunto para outro post!
Agora vamos lá na lavandeira, pois quero mostrar o 4 tecidos comprados na Niazi. O primeiro e segundo (de baixo para cima) serão outros vestidos longos. Os demais ainda estou na dúvida, pois já vi por aí joguinhos americanos com esses tecidos. 
Comecei esse post ontem, domingo à noite e só pude conclui-lo hoje, segunda, após a última aluna do dia ter se despedido. Por mim passaria a noite costurando mais vestidos. Mas tenho o marido, sabe como é...

23 de outubro de 2013

De um limão fez uma limonada!

Quando comecei a dar aulas de costuras, conforme a aluna ia avançando oferecia a ela a possibilidade de costurar algumas peças de vestuário com molde pronto. Reconheço que não foi uma ideia muito feliz. Algumas tinham muita dificuldade em entender um molde, riscar, juntar as peças. Compravam tecidos impróprios, finos, molengas, escorregadios....ah, não, vamos parar com isso!

Parei. Voltei com meu projeto de início que era apenas ensinar costuras para iniciantes. Isso deu super certo. Todo mundo mata a vontade costurar, fica feliz porque conseguiu realizar algo útil.

Mas... pera lá, embora costuramos só roupas para a casa, em todas as costuras há um acabamento necessário quando se costura uma roupa para vestuário. Por exemplo: aprendemos a utilizar entretela numa cestinha de pães; manta em luva pega-panela; quilt em uma bolsinha; zípers simples, embutidos e com forro em estojos, bolsas, bolsinhas e capas de almofadas; viés em um descanso de panela ou outro acabamento; alças em aventais e bolsas; bolso num avental; cós também em outro avental; passar elástico em um pequeno lençol; barras em fronhas e toalhas...

A única peça de vestuário que ensino aqui é um short muito bonitinho, com molde pronto, adaptado por mim, pois era um molde de um pijama. Dentro dos meus humildes conhecimentos de modelagem consegui modificá-lo em short nos tamanhos p, m ou g (a aluna escolhe seu manequim). Aqui em casa eu e minhas filhas temos vários desses, para dormir, ficar em casa, ir à praia. O intuito de costurarmos esse short é ensinar a aluna a costurar um elástico, diferente daquele que passamos no lençol. O elástico fica bem preso, com várias costuras, assim:
A modelagem é a mais prática possível, sem costuras nas laterais. Corte de acordo com o molde, já deixando espaço para as costuras. Inicie pelos ganchos, com o pé da máquina rente à borda. Depois é só costurar entre as pernas e daí vem o elástico no cós.

Aqui está a Marcela, cortando e costurando o seu: 
O elástico deve ser costurado,  assim, puxando em ambos os lados - precisa ter atenção:
Depois de pronto ele ficou assim:
 
Mas não vá fazer como a Marcela comprando tecido listrado ou xadrez para esse tipo de costura. Lembre-se que você é uma iniciante. Fazer as listas ou xadrezes se encontrarem exige mais atenção e  paciência.. Prefira as florzinhas, bolinhas, estrelinhas...

E aqui a dona do título desse post - a Luciana - dona também desta calça, feita por ela, sozinha, em casa! 
Aproveitou o molde do short, prolongando nas pernas, transformando nesta bela e gostosa calça, bem fresquinha para os dias de calor.

Ainda não terminou o curso, mas já deu sinais que é daquele tipo de pessoa que faz, de um limão, uma limonada!

17 de outubro de 2013

Tanta delicadeza

Meu computador está cheio de fotos, de coisas que faço, sem compromisso; de costuras que vou testando - algumas dão certo, outras não. Tenho fotos de lindos trabalhos das alunas que me mandam, cheias de orgulho delas - algumas chegam com seus tablets exibindo seus trabalhos. Um dia quero ter um desses aparelhos para mostrar fotos grandonas, lindonas... 

A Luciana costurou coisas lindas, fotografou - deve ter colocado em seu FB. A Izabela costurou junto com a filhinha, montou a mesa lindamente, fotografou... A Cida, que mal começou o curso, já fez uma sacolinha igual uma que ensinei a ela no primeiro dia. A dela ficou mais linda do que a nossa, com um laçarote branco, lindo.

A Maria Eugênia forrou uma cesta de pic-nic, botou um laçarote vermelho - um charme. A Marcela me presenteou com uma sacolinha linda, a sua Primeira Costura. Chegou toda orgulhosa com várias, pedindo para eu escolher uma. Essas meninas não são umas fofas? A Luciana já posso considerar uma costureira, pois tudo o que vê quer fazer. E a Suzana, então? outra revelação. A Suzana no início pareceu-me meio empacada, não conseguia costurar, ficava enrolando, com a desculpa que não tinha máquina, depois que não tinha espaço, depois que estava arrumando a mudança...Acho que ela tinha medo da máquina de costuras! Foi preciso uma intimação da minha parte: "se não aparecer aqui com alguma costura, vou até a sua casa, te boto sentada na máquina"!

Não foi preciso ir até a sua casa, pois na próxima aula chegou com a sacola cheia de costuras, coisas delicadinhas, costuras que, certamente, vão modificar sua vida. E eu me enchi de orgulho dessa menina!

Mas o que quero mostrar hoje foi a toalha que a Helga - a minha nova amiga, mãe da katja, me ensinou a fazer. Passamos horas agradáveis de um sábado em sua casa.

Não houve trocas porque a Helga é pessoa lindamente generosa. Mas aproveitei minha ida até lá e ensinei um chapéu de costureira que a Katja queria aprender.

A toalha foi parar na mesa paulista e já teve sua estréia com a visita de uma irmã.

Para essa mesa, que mede 1 metro de diâmetro, foi preciso 1 metro de tricoline para a toalha + 2 metros de outra tricoline para as barras. A maneira de fazer essas barras lindas, embutidas é igual aquele barrado que fazemos em pano de prato, enrolando como um rocambole. Dá trabalho porque o tecido é grande, precisa fazer um rolão, cortar certinho, virar os cantinho para dentro, terminar com pontinhos à mão. A Helga é um capricho em pessoa.
 O barrado é lilás e não azul como mostra essa foto
 Reparem no capricho do lado avesso. Em casa terminei os cantinhos com costura à mão, pontos bem delicados como a atenciosa professora ensinou!
Aqui a Katja com seu chapéu. A foto ficou péssima porque esqueci de tirar o zoom. E estava doida para ver o que a Helga preparava na cozinha!
 Oh!!!! 
Como de costume, tudo feito por ela. Veja que encanto essa mesa, esses bolinhos. Tinha mais comidinhas que eu, ansiosa para fotografar a mesa, não esperei. 

E como não se apaixonar por tanta delicadeza?

14 de outubro de 2013

O que se faz com um metro de malha...

... quando apenas sabemos costurar alguns metros de costura reta? 

Um vestido! 

Quer dizer, sei costurar muitos metros de tecidos em costura reta, redonda, zig-zag... Mas se você sabe apenas o básico, tem uma certa noção de como cortar um tecido, um vestido reto para servir de molde, consegue fazer um assim
Esse vestido é verde piscina. A foto mente. Acredite em mim!!! Escolhi essa cor para combinar com essa bolsa/mala com retalhos verdes. Pessoalmente fiquei toda "combinandinho". Agora que me tornei uma mãe viajada, pois viajo a cada 15 dias para ver minha filha universitária, preciso de roupas e bolsas/malas bem práticas. Nada de mochilas inconvenientes que saem esbarrando em todo mundo ou roupa apertada que amassa. 

Em minha última viagem a SP fui na Rua da Graça (pertinho da 25 de Março) e comprei um metro dessa malha. Paguei R$ 19,90 + R$ 6,00 de passagem de metrô ida e volta. Da estação até a casa da minha filha fui a pé porque gosto de andar - faz parte do meu lazer ir andando e vendo vitrine, vendo gente, me misturando... 

Essa malha não tem muito elastano, é grossinha, pesadinha. Gostei do caimento. Adorei costurar e nem precisei usar overlock - costurei na Janome mesmo, no ponto reto mesmo porque como disse, ela não tem muito elastano (não estica muito). Fiz assim:

Peguei um vestido bem básico, reto, comprado numa lojinha aqui perto de casa. Comprei com segundas intenções, pois saberia que a partir daquele muitos outros viriam. Virei do avesso, dobrei ao meio, coloquei por cima do papel crafit e fui contornando com o lápis.
 Recortei o molde (já deixando espaço para as costuras no próprio molde - acho mais fácil). Para não gastar muito pano na largura, cortei a manga separada curta, não prolonguei no corte. Depois de pronto inclui a manga já costurada, onde usei o tecido que sobrou dos lados. Mas corte tudo certinho, na mesma direção para que sua roupa não crie bicos, que fique retorcida, parecendo roupa de pobre!
 Não tirei todas as fotos porque não tinha intenção de fazer passo a passo. Dá trabalho. Não tenho muito tempo, estava quase pelada de roupas para viajar! 

Iniciei as costuras fechando os ombros, depois as laterais, depois costurei as mangas, incluindo-as em seguida. Gosto de manga 3/4 - agasalha mais nessa época de temperaturas amenas. Sou uma senhora, não posso me resfriar facilmente!

Fiz um viés da própria malha e costurei ao redor da gola - rebati com costura. Se não ficou lá essas coisas, coloque um echarpe em volta - esconde tudo.

O mais chato de costurar malhas é fazer as barras, pois não tenho uma máquina chamada galoneira que é ideal para barras. Improviso. Marquei a barra a lápis com régua, pelo avesso. Dobrei, passei a ferro.
Porém, a Rosa, do Blog A Rosa na Janela, tem essas dicas de como fazer barra em malha. Preste atenção ao comentário dela:

"... Passa cola pano com um pincel ou bico aplicador e deixe secar de um dia para outro e até pode ser lavada à máquina. É a melhor maneira de fazer bainha em malha. Fica sem costura, linda. A cola pano que uso é da Glitter, que tem bico aplicador e custa baratinho (tá custando R$ 2,40 no Bazer Horizonte"
http://www.bazarhorizonte.com.br/octopus/?sid=56&mi=DTL&cg=4466); 
 Na hora de costurar troquei a agulha da máquina por uma agulha dupla que costura assim, imitando uma galoneira:
 A agulha é assim, ó:
E eu fui assim, ó:
E essa bolsa/mala? fiz como se faz uma capa para máquina de costura. Fiz um pap dessa capa Aqui. Juntei alguns retalhos nas cores que gosto (e tinha), inclui ilhoses (de cortinas) e alças (alças compradas prontas, de algodão). Dentro fiz com forro cheia de bolsos. Fiz tantos bolsos que depois até me arrependi, pois na hora de tirar os documentos, enfiava a mão no bolso errado e vinha uma...
calcinha!!! 
Que feio...

5 de outubro de 2013

Respostas aos comentários no próprio blog

Gente, por fala de tempo, a partir de agora passarei a responder aos comentários em meu próprio blog, logo abaixo do seu comentário. Sinto-me muito incomodada por receber comentários e não ter tempo para ir até o blog da pessoa deixar resposta - muita das vezes a pessoa não tem blog. Achei que dessa forma fica mais fácil, pois acompanho vários blogs que agem assim e funciona. Quando vou aos blog s deixar uma resposta quase sempre me enrosco neles lendo outras postagens e daí o tempo passa, a minha casa fica de pernas pro ar, as panelas vazias, a roupa suja... Perdoem essa pobre mulher?

Beijos e fiquem com a beleza das flores dessa primavera. Vou cuidar das plantas que estão quase abandonadas por falta de tempo.

4 de outubro de 2013

Linhas. Poliéster ou algodão?

Não sei. Não sei tudo de costuras, pois a cada dia aprendo uma coisa nova, mesmo quando erro alguma costura. Nessas horas aprendo que é preciso ter paciência, desmanchar com calma e começar tudo de novo.

E quando vou comprar linhas, gosto de usar essas grandes, de cone, que rendem muito mais e são infinitamente mais baratas do que aquelas de carretéis. A vendedora às vezes pergunta: "poliéster ou algodão?" Nem ela sabe explicar. Acabo optando por poliéster porque, sinceramente, até hoje eu não havia sentido diferença nenhuma naquilo que costuro e ensino. 

Mas hoje, observando umas fotos que minha filha faz das suas criações, onde ela modificou uma calça jeans em micro short e pregou spikes; cortou, tingiu e pintou uma camiseta em malha, notei que a linha usada na barra da camiseta não pegou o pimento azul. Reparem:
Portanto, descubro mais uma coisa nesse maravilhoso mundo da costura: linha em poliéster não pega pigmento!

Mas essa menina parece filha de costureira com essa roupa rasgada?

2 de outubro de 2013

Dona Helga, uma lady

Quem acompanha o blog deve ter notado que ando sumida. Raramente visito blogs que gosto.  Quase nunca respondo aos comentários - leio todos, deixo na caixa de e-mails para voltar e responder e quando volto encontro outros e-mails, perguntas das alunas, pessoas querendo saber do curso, contas para pagar... e daí tudo vai ficando para depois, com a promessa que vou ficar uma noite inteira sem dormir para me dedicar a eles. O sono chega... tô ficando velha, durmo fácil...

Mas enquanto trabalho vou pensando que poderia fotografar um trabalho, fazer um passo a passo àquelas pessoas que procuram dicas de costuras para iniciantes - tenho tanto para mostrar, para ensinar... mas tenho minhas alunas, graças a Deus! Desde às 08:00 da manhã já estou no ateliê com tudo arrumadinho, com tudo separado, com a agenda aberta, a linha na máquina esperando, ansiosa, a primeira aluna do dia que inicia às 08:15 e termina às 10:15. Depois que ela vai embora, arrumo a sala, organizo os materiais, pois cada uma é única. Varro as linhas, recolho alfinetes que ficam espalhadas pelo chão, ajeito o cabelo, estico a roupa, dou um sorriso e daí o interfone toca pontualmente às 10:30 para a segunda aluna do dia que vai até as 12:30. Depois disso, nova organização (agora mais rapidinho), pois preciso almoçar para o segundo turno que começa pontualmente às 13:30 (terceira aluna do dia). Às 15:45 chega a última aluna. Daí já estou tão cansada, já varri a sala tantas vezes, já ajeitei meu cabelo e estiquei minha roupa tantas vezes.... mas não me canso de dar o meu sorriso, de dar o melhor de mim.

Mas quem é a dona Helga, dona do título deste post, afinal?

A dona Helga é uma lady, uma querida, mãe da Katja (ex-aluna). A dona Helga queria me conhecer, teve a delicadeza de me convidar para um chá em sua casa. Preparou com esmero as comidas, a mesa, a louça, a toalha e guardanapos feitos por ela - uma mão de fada.  Preparou esse mimo às convidadas. Não é uma lady? Não é muito amor?
Como dizem os mineiros "eu encantei com a dona Helga". Encantei que, de tanto elogiar a toalha da mesa ela se ofereceu a me ensinar. 

E essa torta, então? Foi a Katja que fez. Isso não é amor? 
Aqui a toalha que vou aprender a confeccionar no próximo sábado à tarde.
E são pessoas assim como a dona Helga e como a Katja que procuro me espelhar para continuar dando sempre o melhor de mim. Isso não é amor?